21 de fevereiro de 2017

‘Sepultura nos influenciou’, diz Korn, que vem ao Brasil para shows

Itaici Brunetti
Atualizado em 13/02/2017

KORN_DeanKarr_PresShot2_2016
(Foto: divulgação)

leia mais

Uma dúvida que sempre tirou o sono dos headbangers brasileiros é a de que a sonoridade do clássico Roots, do Sepultura, lançado em 1996, foi influenciada e copiada do primeiro álbum do Korn, de 1994. Mas, o guitarrista James ‘Munky’ Shaffer, do Korn, em conversa exclusiva com o Virgula, discorda: “De jeito algum. Nós é que fomos influenciados pelo Sepultura“, afirma .
“Há muito tempo atrás, o nosso baixista Fieldy levou uma revista ao ensaio. Nela tinha uma entrevista do Mike Patton, vocalista do Faith No More, em que dizia que no Brasil existia uma banda incrível chamada Sepultura. E nós amamos o Faith No More, então fomos procurar essa tal banda brasileira“, relembra Munky, e continua: “A primeira coisa que ouvimos foi o álbum Beneath The Remains, mas quando lançaram Chaos A.D. foi tipo ‘Uau, que p*rra é essa? Isso explode cabeças! Quero tocar que nem esses caras!’. Esse álbum foi referência para gravarmos o nosso primeiro álbum”.
Sobre Roots soar como o debut do Korn, o guitarrista tem uma explicação: “Bem, como o produtor do nosso primeiro álbum foi o Ross Robinson, e posteriormente ele produziu Roots, pode ser que tenha levado nosso som até eles. Muita gente fala que fomos copiados. Mas, na minha opinião, o Sepultura nos influenciou desde muito antes, e isso é o que importa. Definitivamente!“.
Em abril, o Korn aterrissa no Brasil para três shows: dia 19 no Espaço das Américas, em São Paulo, dia 21, no Live Curitiba, em Curitiba, e 23 no Pepsi On Stage, em Porto Alegre. “Vamos levar a nossa energia, com músicas novas e antigas. A última vez que estivemos aí tocamos no Rock In Rio e ‘woow’, foi incrível! Nunca tinha tocado no festival e adorei. O som, a energia, o local. Eu saí extasiado do palco. Foi um grande show para nós porque os fãs brasileiros são hardcore, e tinha muita gente nova no público, jovens que nunca tinham nos vistos ao vivo. Esperamos repetir esse sentimento novamente. Porque você sabe, o Brasil ama o Korn, e nós amamos o Brasil.”, afirma.
Desta vez o grupo vem para divulgar o mais recente álbum, The Serenity of Suffering, o 12º da carreira, e o guitarrista comenta um pouco mais sobre o trabalho: “Neste disco procuramos passar uma velha mensagem com roupagem nova. Mas, se for olhar pela forma que gravamos o álbum ele está mais para o estilo oldschool do Korn, pois usamos pouquíssimos recursos de computador, deixamos elementos de eletrônica de lado e nos concentramos mais em nossos instrumentos, o que nos deixou mais confortáveis. É um disco orgânico“.
Se hoje o Korn soa mais cru como no início, teve tempos em que o grupo flertou com outros estilos, como no álbum The Path of Totality, de 2011, em que uniu o metal com o dubstep. Essas misturas de estilos não incomodam Munky, que aliás, é totalmente a favor: “Eu acho que estilos podem se fundir. Por exemplo, Lady Gaga cantando com o Metallica no Grammy é o heavy metal e pop juntos. Claro que vejo mais ela cantando Enter Sandman, uma música popular deles, do que Creeping Death (risos). (Obs: a entrevista foi feita antes da cerimônia, em que Mãe Monstro cantou Moth Into Flame). E, independente da música sempre será uma performance de rock, porque assim como o Metallica, Lady Gaga tem a alma headbanger. Misturas assim só podem ser interessantes”.
14702228_1759748674275440_685371472761497774_n

Nenhum comentário:

Postar um comentário