13 de setembro de 2012

“Quero muito gravar um álbum no Brasil”, diz Nelly Furtado

Cantora reafirma a ligação com o país e comenta o lançamento do álbum The Spirit Indestructible

por ITAICI BRUNETTI
Rolling Stone Brasil


Não é nenhuma novidade que Nelly Furtado mantém laços com o Brasil. Ela se apresentou ao lado de Ivete Sangalo no Madison Square Garden, nos Estados Unidos, teve Caetano Veloso cantando na faixa "Island of Wonder" (do álbum Folklore, de 2003) e fez um pocket show na décima edição do Big Brother Brasil. Mas Nelly tem vontade de fortalecer ainda mais essa ligação. Em entrevista à Rolling Stone Brasil, ela falou sobre sua vontade de gravar um álbum no país, além de comentar sobre a positividade inserida em seu novo trabalho, The Spirit Indestructible.


“Realmente, eu quero muito gravar um álbum inteiro no Brasil, em português. Não sei quando, mas eu penso que seria incrível, e com certeza renderia ótimas canções”, afirma a cantora, que aproveitou o assunto e relembrou uma de suas passagens por aqui. “O Corcovado é o meu lugar preferido. Me lembro da primeira vez que fui ao local e havia pessoas cantando músicas com uma energia incrível.”
No novo álbum, The Spirit Indestructible, Nelly compôs músicas com mensagens positivas baseadas nas experiências de vida dela. “Nos últimos anos eu fui ao Quênia, na África, e alguma coisa aconteceu lá. Eu trabalhei com crianças confinadas que construíam escolas e comunidades autossustentáveis de diversos grupos. Senti um contentamento, uma felicidade, esperança e paixão pelo futuro e pela vida, e levei isso para o disco”, conta a artista, que optou por cantar novamente em inglês (seu último álbum, Mi Plan, de 2009, foi gravado em espanhol). “Eu queria me expressar em diversas línguas desde que era criança, de me sentir capaz de transmitir sentimentos e emoções em vários idiomas. Mas foi um alívio saber que eu ainda tinha coisas para dizer em inglês.”
The Spirit Indestructible chegará às lojas em setembro, e teve a colaboração dos produtores Salaam Remi, Rodney Jerkins, Bob Rock, John Shanks e Da Genius. Mike Angelakos, vocalista do Passion Pit, participa cantando em uma faixa, e o Coral dos Meninos do Quênia participa de outra. E ela pretende trazer show do álbum ao país. "Eu quero muito que a turnê passe pelo Brasil no começo do ano que vem", finaliza.

Assista abaixo ao vídeo do single “The Spirit Indestructible”:


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12 de agosto de 2012

Ugly Kid Joe volta a São Paulo e faz a alegria de antigos fãs


Quinteto da Califórnia fez um apanhado da carreira e agradou a maioria dos presentes, que não eram muitos

por ITAICI BRUNETTI
Rolling Stone Brasil

Neste sábado, 11, pontualmente às 22h, os californianos do Ugly Kid Joe subiram ao palco do Via Marquês, em São Paulo, para uma única apresentação na cidade, como parte da turnê mundial Starway to Hell. Mesclando hits certeiros dos anos 90 com músicas pouco conhecidas, os músicos mostraram ao público que o tempo passou, mas para eles, não.

O público não foi o esperado – ocupava menos da metade da capacidade do local –, mas a banda do vocalista Whitfield Crane não ligou para esse “detalhe” e fez uma apresentação como se estivesse diante de milhares de pessoas. As músicas “VIP”, do álbum Menace to Sobriety (1995), e “Dialogue”, de Motel California (1996), foram as primeiras a aparecer no set list. O público, composto em sua maioria por pessoas com mais de 30 anos, estava tímido e se manifestava pouco. Foi na música “Neighbour”, de America’s Least Wanted (1992), a terceira tocada na noite, que o show começou a engrenar.

Os músicos estavam bem à vontade no palco e mostraram que realmente os anos afastados não abalaram a química entre eles (eles se separaram em 1997, e retornaram em 2010). Crane, por sua vez, deu um show de simpatia. Ele elogiou os fãs brasileiros várias vezes, fez caras e bocas pousando para fotos, exibiu uma bandeira brasileira com o símbolo do grupo no centro, que foi dada a ele por alguns fãs no gargarejo, e pegou as câmeras fotográficas das pessoas da plateia para tirar fotos com elas. O vocalista também fez questão de relembrar o show que fizeram em 1994 no Brasil. “Foi incrível”, disse ele, que até tentou se aproximar dos brasileiros falando a expressão “Do caralho”, antes de tocar as músicas “No One Survives” e “Devil’s Paradise”, do EP Starway to Hell (2012).

Durante 1h30 de apresentação, o grupo mesclou músicas de todos os álbuns. Mas para os fãs, a surpresa da noite foi a balada “Mr. Recordman”, do disco de 1992, que não estava no set list e foi cantada pelo guitarrista Klaus Eichstadt, integrante original da banda junto a Crane. Mas o tom da empolgação do público só mudou mesmo quando eles tocaram os hits “Cat’s in the Cradle”, “Madman” e “Everything About You”, que encerrou a apresentação. Antes disso, eles fizeram até uma versão de “Dirty Deeds Done Dirt Cheap”, do AC/DC (que ficou muito parecida com a original por causa da voz de Crane, que, rouca com o tempo, lembrou muito a de Bon Scott), e “Sweet Leaf”, do Black Sabbath, para celebrar os roqueiros saudosistas presentes.

Faltou público, e a banda deve ter percebido que aqueles fãs brasileiros que eles encontraram em 1994, quando se apresentaram no extinto Hollywood Rock, cresceram e já não são mais os mesmos que se esgoelavam e pulavam durante o show inteiro. Mas isto não pareceu ser problema para os integrantes da banda, que pareciam se divertir do mesmo jeito em cima do palco, honrando o motivo que os fez retornarem aos palcos: a diversão.

Após o término do show, todos desceram do palco e, mostrando querer que a festa não terminasse, se dirigiram ao público para conversar com as pessoas, tirar fotos e cumprimentá-las.

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Exclusivo: Offspring planeja turnê do álbum Smash para 2014


“Este ano fizemos alguns shows para comemorar o aniversário de Ignition, então será natural fazermos o mesmo com o Smash”, contou Dexter Holland à Rolling Stone Brasil

por ITAICI BRUNETTI
Rolling Stone Brasil

Os californianos do Offspring acabaram de lançar o álbum Days Go By (2012), mas já estão pensando no futuro. Em entrevista à Rolling Stone Brasil, o bem humorado vocalista Dexter Holland comentou que está nos planos da banda fazer uma turnê em 2014 para comemorar os 20 anos do álbum Smash (1994). Nas apresentações, a banda irá tocar a íntegra do disco.

Relembre o show do Offspring no festival Planeta Terra 2008.

“Este ano fizemos alguns shows tocando o álbum Ignition (1992) para celebrar o 20º aniversário dele, então será natural fazermos o mesmo com o Smash, certo?”, conta o cantor. Após soltar uma gargalhada, como se já estivesse esperando a pergunta em algum momento da entrevista, ele continua: “Eu adoro aquele disco e as pessoas ao redor do mundo também, então será divertido quando chegar o momento. Por que não fazer?”

Smash apresentou o Offspring ao mundo, tendo chegado ao quarto lugar da parada da Billboard. Lançado por uma gravadora independente (a Epitaph, criada por Brett Gurewitz, guitarrista do Bad Religion), o trabalho rendeu os estrondosos hits "Come Out and Play", "Self Esteem" e "Gotta Get Away".

Apesar da boa notícia, os fãs da América do Sul que tinham a esperança de ver a banda ao vivo este ano vão ter que esperar mais um pouco. “Nós estávamos falando com o pessoal daí para tentarmos voltar em um festival em novembro, mas ele não vai acontecer. Eu não sei exatamente o que houve, mas é isso, nós não vamos voltar em novembro”, lamentou Dexter, não deixando claro se este festival em que iriam tocar era no Brasil ou em algum outro país da América do Sul. 

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De volta e cheios de gás


Vocalista do Ugly Kid Joe comenta o retorno da banda e os shows no Brasil: "Só de pensar na América Latina já fico elétrico"

por ITAICI BRUNETTI
Rolling Stone Brasil


Ninguém esperava por essa volta, ou melhor: além dos fãs da época, poucos se lembravam deles. Mas os integrantes do grupo californiano Ugly Kid Joe resolveram tirar os bermudões dos armários, que estavam aposentados desde 1997, e voltaram à ativa. Com músicas inéditas e uma turnê mundial, a banda desembarca nesta semana no Brasil para três apresentações, em Florianópolis (9/8), São Paulo (11/8), em Porto Alegre (12/8; saiba mais ao final do texto).

A banda ficou 15 anos longe da estrada e hoje conta apenas com dois integrantes originais – o vocalista Whitfield Crane (foto) e o guitarrista Klaus Eichstadt, ambos com 44 anos de idade. Na turnê atual, quem acompanha os dois remanescentes são os músicos Cordell Crocket (baixo), Dave Fortman (guitarra) e Shannon Larkin (bateria), que gravaram Motel California (1996), último disco do grupo (Crocket está com Crane e Eichstadt desde America's Least Wanted, de 1992). Larkin fala à Rolling Stone Brasil sobre o retorno do grupo. “Whitfield e eu estávamos escrevendo e gravando para uma outra banda que temos, chamada Another Animal, e sempre amamos tocar juntos. Por isso foi uma loucura quando os outros caras se juntaram a bordo para compor novas músicas para o Ugly Kid Joe”, conta, por e-mail. “Nós sentimos que o momento era agora, o que estava rolando era real.” Whitfield Crane, por sua vez, não esconde que a volta bem sucedida aos palcos de algumas bandas dos anos 90 o animaram bastante. “Quando eu vi que o Faith no More tinha voltado, eles realmente me fizeram pensar muito sobre isso”, afirma.

Mas diferente do grupo de Mike Patton, o Ugly Kid Joe voltou aquecido de material novo, o EP Starway To Hell (2012), que contém seis músicas inéditas calcadas em um hard rock atual e agressivo, diferente das divertidas, baladeiras e famosas “Everything About You”, “Cats in the Cradle” e “Neighbor”, que fizeram a fama dos então garotos lá no início da década de 90. “Temos três grandes hits e nos sentimos sortudos de ter feito essas músicas”, conta Crane sobre as canções conhecidas. Ele também explica a influência de bandas clássicas no lado mais pesado das novas músicas. “O Black Sabbath, junto ao Judas Priest e ao AC/DC, sempre foi minha ponte para música pesada. Nós somos fãs e amigos do Ozzy até hoje.” Em 1994, eles gravaram a música “NIB” para o primeiro volume do álbum Nativity in Black, tributo ao Black Sabbath. Também usaram a introdução de “Sweet Leaf”, também do Sabbath, na música “Funky Fresh Country Club”, do primeiro EP da banda, As Ugly as They Wanna Be.

Como uma das atrações do finado festival Hollywood Rock, o Ugly Kid Joe, no auge de sua carreira, veio ao Brasil em 1994 e tocou na mesma noite de nomes como Live, Sepultura e Robert Plant. Sobre o país, Crane guarda ótimas recordações. “Foi como uma explosão. Era como férias remuneradas. Foram dois shows [Rio de Janeiro e São Paulo] com enormes multidões”, comenta. “Lembro de ter comemorado o meu 26º aniversário em seu país. Foi um grande aniversário. Para os shows que iremos fazer aí nos próximos dias, temos a expectativa de voltar a 1994. Só de pensar na América Latina já fico elétrico.”

Após a turnê de Starway to Hell, que termina em três de novembro em Dublin, na Irlanda, o Ugly Kid Joe pretende permanecer unido. “Nós estamos em um grande lugar musicalmente e somos gratos pela química da nossa banda não ter se dissipado em todos esses anos”, acredita Crane. Pela empolgação dos integrantes, é bem provável que demore algum tempo até eles colocarem os bermudões de volta nos armários.

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Deprimido, vingativo – e cômico

Em Aqui é o Meu Lugar, Sean Penn vive uma estrela da música que se aposentou para tentar resolver problemas do passado, mas sempre com um tom de humor

por ITAICI BRUNETTI

Rolling Stone Brasil

Se Robert Smith, vocalista (e alma) do The Cure, resolvesse abandonar a música e se mudasse para alguma cidadezinha do interior dos Estados Unidos para levar uma vida pacata, longe dos holofotes, possivelmente ela seria parecida com a de Cheyenne, personagem vivido pelo ator Sean Penn em Aqui é o Meu Lugar. O filme chegou aos cinemas brasileiros nesta sexta, 27.

Unhas pintadas, pó no rosto, batom vermelho nos lábios, coturno, cabelo armado e pintado de preto, e roupas escuras no melhor estilo gótico de ser. Esse é o visual que compõe o personagem de Penn, que anda devagar, só fala quando lhe convém e limita sua amizade apenas a uma garota mais nova que ele. Na trama, o músico deixou a profissão de lado por causa de dois jovens que se suicidaram ouvindo sua música depressiva. John Smith (até no sobrenome o personagem faz referência ao vocalista do The Cure), nome de registro do músico, tenta conviver na cidadezinha com essa culpa, de forma deprimida, distante do showbusiness e ao lado de sua fiel esposa, interpretada por Frances McDormand. Mas algumas coisas mudam quando ele recebe uma ligação dizendo que seu pai, com quem não falava há 30 anos, morreu. Smith precisa viajar até Nova York para comparecer ao enterro e reencontrar os parentes. Quando ele descobre que o pai passou a vida toda à procura de um nazista que abusou de John quando criança, e não o encontrou, o músico resolve ira atrás do mesmo para se vingar.

Embora o filme trate de assuntos sérios (morte, depressão, abuso infantil), o longa-metragem do diretor Paolo Sorrentino possui tons de cores vivas que deixam o clima mais descontraído, mesmo tendo um protagonista que tem tudo pra deixar o ambiente mais pesado. Sean Penn, que nos últimos anos raramente erra a mão na escolha de seus papéis, está muito bem na pele de Cheyenne. O ator faz com que o caricato (e muitas vezes cômico) personagem transforme o drama em comédia em várias cenas, sempre com tiradas espertas durante conversas indesejadas.

A cultura pop também está inserida no contexto do filme, principalmente a música. Por exemplo: a bandinha fictícia do início do filme interpreta uma música do cantor Bonnie Prince Billy. Já Cheyenne, em seu momento mais íntimo, dança pelo quarto ao som de “The Passenger”, de Iggy Pop, com movimentos que deixariam qualquer gótico saudosista com saudade dos anos 80. “This Must Be The Place”, nome original do filme, é uma música do grupo Talking Heads. Aliás, o vocalista da banda, David Byrne, faz uma ponta interpretando ele mesmo. Citações ao Arcade Fire e Mick Jagger, dos Rolling Stones, também estão presentes. E, claro, não tem como não se lembrar do músico londrino Boy George, ex-Culture Club, quando o protagonista se prepara para sair às ruas com seu melhor figurino.

Outra curiosidade: Cheyenne é casado há muito tempo com a mesma mulher (o filme não deixa claro há quanto tempo, mas é visível que são muitos anos, talvez décadas). Coincidentemente, o cantor do The Cure é casado há mais de 20 anos com sua namorada do colegial. Alguém duvida da semelhança entre os dois?

Assista abaixo ao trailer de Aqui é o Meu Lugar:



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Mallu Magalhães aparece sensual no clipe de “Sambinha Bom”

Leia entrevista com a cantora, que também promete trabalho conjunto com Marcelo Camelo: “A gente pensa nisso o tempo todo”, afirma

por ITAICI BRUNETTI
Rolling Stone Brasil

Não faz tanto tempo assim que Mallu Magalhães, 19 anos, deu os primeiros passos no mundo da música, mas já é possível perceber as mudanças – físicas e sonoras – que a tornam o que é hoje. A mudança física vem do crescimento da cantora, e a sonora é porque ela trocou o folk “meio tropeçado” do início de carreira pelo “Sambinha Bom”, que é o título de seu mais novo videoclipe, lançado na quarta-feira,18.

O vídeo – produzido em parceria com a Zeppelin filmes e direção da produtora The Wolfpack – mostra uma Mallu cada vez mais moça, mais mulher e mais sensual. Uma cantora que sabe transitar (e atuar) entre o clima “quente” e “frio” do clipe, como se fossem duas canções que se fundem em uma só. “O vídeo é dividido em duas partes. A primeira é uma coisa com plantas, calor, meio de sauna. A outra, nós gravamos em Porto Alegre no inverno, de manhã, então imagina o frio que estava lá”, conta Mallu, que sofreu com a neve falsa. “Ela ficava caindo no meu rosto, doendo. Eu estava no clima da situação.”
“Sambinha Bom” faz parte do álbum Pitanga, lançado em 2011 e produzido pelo namorado Marcelo Camelo. A turnê teve um início tardio – só engatou este ano, recentemente. “Sabe, eu fiquei doente logo depois do lançamento. Foi uma série de coisas que aconteceram na minha vida e que tornou inviável tocar e viajar. Cancelamos o início da turnê e decidimos adiar. Mas isso foi ótimo porque o disco se divulgou sozinho e ganhou forma entre as pessoas. Agora nos shows o público já sabe cantar todas as músicas”, explica a moça, já recuperada e pronta para pegar a estrada. “Hoje me sinto muito à vontade no palco. É como se fosse a minha casa. Lá eu me garanto. Fico muito mais nervosa indo a uma festa ou jantar.”



Não é à toa que Mallu está animada com os shows atuais. Depois de apresentações lotadas em São Paulo e no Rio de Janeiro no mês de julho, ela se prepara para viajar até Nova York, nos Estados Unidos, quando irá se apresentar no Brasil Summerfest, dia 26. Em tom empolgado, a cantora dá detalhes sobre a apresentação na América do Norte: “Pretendo tocar meu disco, algum material inédito e gravar um clipe por lá. Também convidei o trompetista Rob Mazurek [que participou de Toque Dela, segundo disco solo de Camelo], que mora em Chicago, para fazer uma participação. Ele aceitou, mas parou de responder os e-mails, então não sei se ele sabe das minhas músicas. Mas tanto faz se o ‘Masa’ sabe, ele sempre toca ‘ninjamente’ bem.”

Com tantas novidades e empolgação pela frente, é claro que uma questão não poderia ficar no ar: quando ela e Camelo vão lançar um trabalho juntos? “A gente pensa nisso o tempo todo. Estamos esperando uma situação mesmo, e acredito que não demore pra acontecer, mas é uma coisa que tem que ser natural. Mais de amizade do que uma cobrança profissional”, diz Mallu, deixando os fãs cheios de esperança. “Lá em casa a gente fica falando um pro outro o tempo todo: ‘E se a gente fizesse uma banda? E se fosse uma banda de punk?’ Temos umas ideias malucas, ficamos inventando nomes”, revela a artista.


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12 de fevereiro de 2012

Fique de olho: SWU

Revista Monet 104 - Novembro 2011

Por Itaici Brunetti Perez


Muito rock, pop, rap e o engajamento à causa da sustentabilidade fazem parte do festival que pela segunda vez invade o interior paulista


   O Starts With You (Começa com Você),um dos maiores festivais de música do país, retorna para provar que a arte e a conscientização ambiental podem - e devem - caminhar de mãos dadas. A equipe do Mulstishow estará presente de corpo e alma roqueira no local para transmitir ao vivo cada detalhe desta segunda edição do festival. O evento em Paulínia fortalece o ideal da sustentabilidade, criando um palco específico destinado a fóruns sobre o tema, no qual o principal palestrante será o cantor canadense Neil Young, que virá ao Brasil contar como criou o "carro verde", seu veículo ecologicamente correto.
   No palco, Kayne West, The Black Eyed Peas, Snoop Dog, Peter Gabriel & The New Blood Orchestra, Chris Cornell (ex-Soundgarden e Audioslave), Alice in Chains, 311, Primus, Modest Mouse, Simple Plan, Megadeth, Stone Temple Pilots, Hole, Lynyrd Skynyrd, entre outros despejam seus hits nos ouvidos dos fãs.
   Mas tem muito mais. Fique de ouvidos bem abertos para os nova-iorquinos do Sonic Youth (foto), que trazem seu guitar-noise pela quarta vez ao Brasil e prometem um show digno de comemoração de seus 30 anos de carreira. Também não perca o Black Rebel Motorcycle Club e os irlandeses do Ash, ambos muito esperados pelos brasileiros há tempos. O Faith No More, por sua vez, prepara uma surpresa para os shows da América do Sul. Em seu twitter, Billy Gould, o baixista, adiantou que por esses lados latinos vão apresentar ao vivo e na íntegra o aclamado álbum King For A Day... Fool For A Lifetime, de 1995. Em entrevista à MONET, Nick Rhodes, tecladista dos reis do pop oitentista Duran Duran, outra atração do evento, disse estar ansioso para voltar ao nosso país. "Logo que nosso novo álbum 'All You Need Is Now" saiu, conversamos entre nós que devíamos ir mais vezes à América do Sul. Para a gente, o Brasil sempre foi um dos lugares mais vibrantes para se fazer uma turnê".
   Depois de tudo, para não deixar a saudade bater, no dia 29, às 18h30, estréia o programa Em Busca da Balada Perfeita, em que três jovens "baladeiros de plantão" presenciam a experiência de passar três dias inteiros dentro do festival. Ah, e tem quem diga que o SWU é o Rock in Rio dos paulistas. Faz sentido.


SWU - DIA 12, SÁBADO, 19H; DIA 13, DOMINGO, 18h30; DIA 14, SEGUNDA, 19h, MULTISHOW, 42

9 de fevereiro de 2012

Proibido para menores

Revista Monet 105 - Dezembro 2011

Por Itaici Brunetti Perez e Lidiane Aires


O fenômeno pop Bruna Surfistinha, que nasceu do blog com histórias reais de uma garota de programa, tornou-se best seller e transformou sua autora, Raquel Pacheco, em celebridade. Até virar sucesso de bilheteria


Não é novidade pra ninguém que o filme Bruna Surfistinha é baseado em fatos reais. Mais precisamente sobre a história de Raquel Pacheco, uma jovem de classe média que não se dava bem com os pais e resolveu sair de casa para ganhar a vida como prostituta antes mesmo de completar 18 anos. Ela tinha dois propósitos: satisfazer suas curiosidades sexuais, e claro, fazer dinheiro. Com uma mochila nas costas e o endereço de um bordel nas mãos, a estudante que sonhava cursar psicologia ficou conhecida como a prostituta (e blogueira) mais requisitada de São Paulo. Mas porque Bruna se destacou ao ponto de se tornar uma pessoa publicamente conhecida? Ou o que ela fazia de diferente das outras garotas de programa que rendeu um filme sobre sua vida? Para entender sua trajetória, é importante saber que, segundo ela mesmo, Raquel entrou de cabeça no ramo da prostituição por livre e espontânea vontade e que, para isso, criou uma personagem. "A Bruna era meu alter ego, uma maneira de me preservar. Era ela e não eu que fazia tudo o que o cara queria. Muitas coisas que fiz como Bruna não faria como Raquel", conta a própria autora, hoje 
uma celebridade nacional.
Já a personagem Bruna foi descoberta para o grande público pelo jornalista Pedro Dória em uma reportagem de 2004 para o extinto site NoMínimo. Ele ficou intrigado ao descobrir seu nome no topo de um ranking das melhores prostitutas em um site que reunia clientes que as resenhavam. "Seu sucesso não era porque ela era bonita ou especialista em uma determinada modalidade de sexo. Mas porque era carinhosa e fazia o papel de namoradinha do cara. Ela ouvia suas lamentações e falava ao pé do ouvido. Não era particularmente boa de sexo, mas no pós-sexo", conta.
E foi justamente esse diferencial que conquistou milhares de clientes e chamou a atenção de Marcus Baldini, diretor do filme, que se encantou pela personagem após ler sua biografia, O Doce Veneno do Escorpião - O Diário de uma Garota de Programa (2005). "Além de inspiração, Raquel foi fundamental para a elaboração do filme. Os roteiristas se reuniram com ela para entrevistá-la e também para levantar outras histórias da sua vida. Eu sempre conversava com ela para ter um feedback sobre o que estava achando', revela o diretor, que precisou ficcionalizar algumas situações para que pudesse funcionar perfeitamente com o roteiro e tornar a dramaturgia mais interessante.
   "A própria Raquel, quando assistiu ao filme, me disse que essas situaçõesnão condizentes com a realidade foram tão reais que ela sofreu como se fosse de verdade" diz o cineasta. Jorge Tarquini, coautor de Doce Veneno, afirma que o longa é baseado no livro, mas não é uma adaptação. "São plataformas diferentes. O filme mescla alguns personagens. Pegaram vários clientes e concentraram em um só. Por exemplo, o irmão dela no filme não existe na vida real. Tinha que haver um antagonista".
   Mas a Raquel das telas tem outro nome: o da atriz Deborah Secco, que interpretou o difícil papel  de Bruna nos cinemas. De acordo com a própria atriz, ela não teve nenhum contato com a Raquel antes das filmagens. "Nunca li o livro dela e nem a conheci. Só fiz laboratório com o preparador de elenco, pois queríamos criar a nossa própria Bruna e não fazer uma cópia", conta Deborah. Baldini confessa que, a princípio, ficou preocupado com a escalação da atriz, porque queria afastar o filme do lugar-comum. "Achei que as pessoas estavam sugerindo o nome dela justamente pelo apelo de ser uma mulher bonita e sensual. Eu tinha uma ressalva muito grande em contar a história de uma garota de programa no corpo de uma mulher muito conhecida. Só que, com o amadurecimento do filme, já perto do início das filmagens, nos encontramos para conversar e para minha surpresa percebi que ela tinha entendido completamente o lado dramático da história. Saí de lá certo que ela seria a atriz perfeita para interpretar a Bruna. Foi o grande papael de sua carreira".
    PODE VIR QUENTE... - O lado dramático da história de Bruna/Raquel estava garantido pela própria realidade, mas era preciso também caprichar nas muitas e necessárias cenas de sexo (não explícitas) da protagonista. "Elas servem para o espectador entender todo o drama e a tensão da história da Bruna. Se mostrássemos uma pureza, eliminaria um outro lado mais pop da história, que é um pouco desse conto de fadas que a história tem. As cenas dão ênfase nesse conto", justifica Baldini. E acrescenta: "A Deborah é atriz há décadas e está totalmente acostumada a trabalhar com seu lado sensual. Então não houve constrangimento. As cenas mais difíceis foram as dramáticas, como o primeiro encontro de programa que ela tem, que é uma cena que não aparece quase nada, mas a densidade e a dor do momento envolvem as pessoas".
   Deborah revela que, tanto ela quanto sua empresária, a assessora e o próprio diretor, tomaram o maior cuidado para não prejudicar sua imagem. "Quando aceitamos um trabalho temos que entrar de cabeça e fazer o melhor que conseguimos. Na verdade, as cenas que envolvem drogas foram as mais difíceis, porque é um mundo desconhecido pra mim. Além disso, outra coisa que foi muito difícil foi o fato de filmarmos fora da ordem cronológica. Filmávamos a Raquel adolescente e a Bruna no auge no mesmo dia".
   Antes de Deborah, alguns nomes foram cogitados para interpretar a personagem, como a modelo e atriz Karen Junqueira, que chegou a posar para a revista Trip como a "surfistinha" oficial do filme. Na verdade, o que aconteceu é que a Karen estava entre as pessoas selecionadas para o papel, como outras estiveram, mas nunca foi fechado nada, ninguém bateu o martelo. Foi um equívoco pra todo mundo", esclarece o diretor, que evitou se alongar sobre o assunto. Na época de pré-produção do filme, Jorge Tarquini já havia conversado com Baldini quanto às possíveis atrizes, e em um desses papos a atriz Mel Lisboa também chegou a ser cogitada.
   Mas, nomes à parte, Baldini conseguiu levar até as massas um assunto polêmico e nada fácil, como a prostituição através dos erros e acertos de Bruna/Raquel. É como se ele estivesse convidando o espectador a fazer um programa para conhecer esse universo mais de perto e sem preconceitos. Basta dizer sim.


BRUNA SURFISTINHA, DIA 10, SÁBADO, 22h, TELECINE PREMIUM, 61 E 561(HD)
   
   



8 de fevereiro de 2012

Fique de olho: Sonoridades

Revista Monet 105 - Dezembro 2011


Por Itaici Brunetti Perez


Nelson Motta reúne artistas de várias gerações para cantar o verão do Rio de Janeiro e o resultado desses shows será exibido em quatro partes


   Várias gerações da música brasileira no mesmo palco tocando e cantando o verão carioca em versões fresquinhas de canções que já conhecemos. O projeto se chama Sonoridades e é coordenado por Nelson Motta, jornalista, escritor, compositor e roteirista que circula pelos bastidores da música nacional desde sempre. Foi ele quem chamou jovens e proeminentes artistas como Karina Buhr, João Brasil, Cibelle e Silvia Machete, com músicos mais treinados na estrada, como Arnaldo Antunes, Seu Jorge, Lucas Santtana e o superveterano Erasmo Carlos.
   A idéia é fazer um baião de dois com todos os ritmos que passam pelo trabalho desses artistas: do rock ao funk, do samba ao experimental. Cada mistura dessas será apresentada em quatro partes, de acordo com os fins de semana que esses mesmos músicos tocaram ao vivo no palco do teatro OI Futura, no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano.
   Encontros prolíficos que deram origem a versões pouco imaginadas de clássicos da MPB e até mesmo do pop e rock internacionais.  Imagine então ouvir "Ziggy Stardust", de David Bowie e "The Model", do Kraftwerk, na voz de Seu Jorge e nas batidas do Almaz, banda formada em boa parte por integrantes do Nação Zumbi, com a guitarra virtuosa de Lúcio Maia. Enquanto isso a cantora Silvia Machete divide cena com o tremendão Erasmo Carlos, que chegou a se vestir de caubói para a ocasião.
   O espírito desses encontros, segundo Motta, está pautado pelo que a cidade do Rio de Janeiro inspira em seu calor. "No verão o Rio é muito mais carioca. Tem todo aquele cheiro de novidades, de festa, e tudo é pretexto para o encontro de tribos urbanas que misturam estilos e gerações por um fator comum; a paixão pela música. E o espírito do festival é exatamente esse: de reunir novos talentos, que são estrelas brilhantes, com artistas já consagrados, e divertir o público com esses encontros musicais". Sendo assim, o jeito é sentar e curtir o que todas essas curiosas combinações têm a oferecer.


DIA 15, QUINTA, 21h, CANAL BRASIL, 66



6 de fevereiro de 2012

Sex Appeal

Revista Monet 104 - Novembro 2011


Por Itaici Brunetti Perez


Prazer feminino, sex shops e alguns tabus são quebrados pela comédia nacional De Pernas Pro Ar, que chegou sem pretensões aos cinemas e logo de cara se  tornou um dos maiores sucessos do ano.

Tão aguardado quanto tenso. A estréia de um filme nacional nos cinemas comerciais é sempre um evento cercado pelas expectativas de produtores, distribuídores e suas unhas roídas. Ao contrário de algumas produções made in Hollywood, cujo poder de propaganda pressupõe grandes bilheterias, os títulos nacionais precisam de contorcionismos de marketing e, de preferência, algumas superestrelas estampando o cartaz para entrar com o pé direito em seu primeiro fim de semana de exebição. Pois foi bem quietinha, sem muito alvoroço publicitário, nada de elenco superestelar e espertamente agendada para estrear em um fim de semana teoricamente morno de estréias, que a comédia brasileira De Pernas Pro Ar ultrapassou a marca de mais de 1 milhão de ingressos vendidos apenas na primeira semana de exibição em circuito nacional. Sem cerimônia, passou por cima de superproduções americanas como As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada, Tron - O Legado e Megamente, que estavam em cartaz quando o título nacional entrou em cena, no último dia de 2010.

Mas qual seria o segredo para que um longa-metragem nacional de produção modesta ganhasse tanta força em tão pouco tempo? Ninguém melhor para responder isso que a protagonista da história, a atriz Ingrid Guimarães. No filme, ela é Alice, esposa, mãe, workaholic até o último fio de cabelo e ignorante na ciência do orgasmo. A reviravolta se dá quando a personagem conhece o prazeroso mundo de uma sex shop e começa a trabalhar no ramo.
"Fiz a composição daquela mulher que vive na esquina, da mulher comtemporânea de nossa geração. Rolou uma  identificação das pessoas. Achei que seria um filme em que apenas as mulheres da classe média se espelhariam. Mas não, virou um filme popular. A temática atinge todas as classes sociais. Sei disso por experiência própria. Quando estou na rua, os porteiros, caixas de banco, guardadores de carro e até madames socialites no shopping já vieram falar comigo, dizendo que adoraram o filme. Os homens se identificaram com o João, personagem do Bruno Garcia. Não colocamos a figura masculina como um babaca, que trai e trata mal as mulheres. No filme, ele é um bom moço, que quer que o casamento dê certo. Uma coisa mais próxima da realidade, sabe?"
BOCA A BOCA - Roberto Santucci, diretor do filme, também tem sua opinião sobre o fenômeno: "Tivemos um 'boca a boca' muito forte do público. E como a gente descobriu de antemão que tínhamos esse poder anosso favor, aliamos ele à Rede Globo [a Globo Filmes é uma das coprodutoras do filme], que entrou conosco na divulgação pra valer, preparando os canhões para atirar com força".
Segundo Santucci, o sexo e o prazer, assuntos centrais do filme, podiam servir tanto como isca quanto como motivo de afastamento do público. "Acho que todo mundo tem curiosidade em relação ao assunto. Por outro lado, havia quem achasse que De Pernas Pro Ar seria chulo. Mas o que se provou é que conseguimos tratar de sexo de uma forma elegante, sem ser apelativo. E quando as pessoas começaram a falar bem do filme, o receio sumiu". 
Ingrid aproveita a deixa: "O sex shop em sí é um assunto que interessa a todos, muitas pessoas vão escondidas. É aquela coisa bem brasileira de 'Todo mundo faz, mas não fala' [risos]. Eu mesma sempre gostei de ir com as minhas amigas, mas sempre foi uma coisa com medo e vergonha, pois eu era conhecida, No geral, este tabu melhorou muito após o filme. A mãe pode ver o filme com a filha sem ficar sem graça. Até a terceira idade amou. Outro dia, um ginecologista me parou na praia e disse que aumentou muito a quantidade de senhoras que, depois do filme, o procuraram perguntando se podiam usar objetos sexuais. Acabou virando um filme de sexo para a família", brinca a atriz.
Fernanda Dias, de 21 anos, entrou na sessão porque foi fisgada pelo trailer: "O filme trata de assuntos que causam certo desconforto no público mais conservador. Por isso, achei genial colocar um trabalho que normalmente seria malvisto por aí, como o responsável pela solução dos problemas da protagonista", opina a estudante de letras da USP.
Ingrid, que atualmente acertou entrar no elenco da segunda temporada de Macho Man, da Rede Globo, revela que não esperava esse sucesso todo. "Fiz pouco cinema, e sempre papéis menores. Chegou uma época em que eu só era chamada para fazer pequenas participações, era sempre a cereja do bolo. Foi aí que tomei a decisão de não fazer mais nenhuma participação pequena. Disse para mim mesma: 'Ou faço um bom papel no cinema ou prefiro continuar no teatro'. Daí a Mariza Leão [produtora] telefonou para mim e convidou para este filme. Me identifiquei na hora com aquela mulher do roteiro. E hoje, com toda a popularidade que o filme alcançou, chega roteiro de cinema na minha casa todo mês".
Agora que "sem querer, querendo" a galinha dos ovos de ouro foi encontrada, Santucci afirma que a aventura deve continuar, e em março próximo já começam as filmagens para a continuação das desventuras sexuais de Alice. Desta vez, além do Rio de Janeiro, Nova York também servirá de cenário à trama. Se depender da aceitação e da curiosidade do público, a personagem de Ingrid Guimarães ainda terá quantos orgasmos forem precisos.


James Cameron que se cuide...
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TROPA DE ELITE 2 (2010)
Campeão invicto. Arrecadou mais de R$102 milhões de um total de 11.081.199 pessoas que assistiram ao filme em 703 salas de cinema. Isso sem contar a pirataria.


NOSSO LAR (2010)
O segundo colocado vem distante do lider. Exibido em 443 salas, o filme baseado no livro psicografado de Chico Xavier teve 4.060.000 espectadores e arrecadou R$36 milhões.


DE PERNAS PRO AR (2011)
Estreou em 31 dedezembro de 2010 (mas é considerado um filme deste ano) e já leva o terceiro lugar no ranking. São R$31 milhões arrecadados e 3.563.723 espectadores.


CHICO XAVIER (2010)
O público deu um bom exemplo de fidelidade ao famoso médium brasileiro. 3.414.900 pessoas assistiram ao filme e R$30 milhões foram arrecadados.


MUITA CALMA NESSA HORA (2010)
Comédias nacionais costumam se dar bem. Este é um caso. Rendeu cerca de R$12 milhões com 1.345.204 espectadores em 176 salas de cinema.