27 de março de 2017

MØ sobre hit ‘Lean On': ‘É sucesso porque é simples, pop e tem personalidade’

Itaici Brunetti
Atualizado em 27/03/2017

Press-Image-2_PC-Max-Knight
(Foto: divulgação)

leia mais

Se você habita esse planeta, com certeza já ouviu a música Lean On, do Major Lazer & DJ Snake, seja em balada, na rádio, na TV, no som alto de um carro na rua, no celular da pessoa ao lado no ônibus, na trilha de fundo do supermercado, ou onde mais houver uma caixinha de som. A canção, lançada em 2015, é uma das mais escutadas durante esses dois anos. Só no Youtube possui o número impressionante de quase 2 bilhões de visualizações, e , que empresta voz ao hit, opina sobre o porque do sucesso: “Ela é simples, pop e tem personalidade“.
Em conversa exclusiva com o Virgula, a cantora dinamarquesa conta que a canção mudou sua vida para melhor, e se mostra extremamente grata por isso, principalmente por atingir a tantas classes sociais. “Realmente ela agrada a todo tipo de gente. Sabe, é muito difícil apontar um motivo pelo qual ela faz tanto sucesso. Mas acho que é a combinação de personalidade, simplicidade e pop. É um novo som e ao mesmo tempo é muito simples“, diz ela, e continua: “É claro que o sucesso não se deve só a mim, o Diplo é um dos melhores produtores do mundo e vinha trabalhando na música há muito tempo“.
De passagem pelo Brasil para se apresentar no Lollapalooza, que rolou neste fim de semana, e fazer show solo no Lolla Parties, que acontece nesta segunda, 27, no Cine Joia, em São Paulo, MØ revela que sempre se diverte quando vem ao país: “É a minha terceira vez aqui, mas a segunda fazendo shows. Ontem [no Lolla] foi incrível. Eu fiquei muito feliz porque o público daqui vibra, grita alto e é entusiasmado. Não tem como não sair do palco com um sorriso no rosto“.
Sobre o tão aguardado próximo álbum, ela garante que será lançado ainda em 2017. “Honestamente, este álbum está em um longo processo, mas garanto que sai ainda este ano. Será uma combinação de ritmos e experiências que adquiri nesses três últimos anos“, adianta ela, e afirma que sim, a pressão de fazer um segundo álbum lhe persegue, e ela gosta: “É importante pra mim se sentir pressionada. É bom. Eu nunca estou 100% satisfeita, mas digo que estou 99% satisfeita com o que estou produzindo. Claro que, após ‘Lean On’ as expectativas foram elevadas a um nível bem maior. Mas eu nunca penso se uma música minha vai virar um grande hit ou não, eu apenas faço músicas para conectar pessoas“.

‘Nós nunca vamos ser um festival eletrônico’, diz Perry Farrell, criador do Lollapalooza

Itaici Brunetti
Atualizado em 26/03/2017

Lollapalooza 2017, primeiro dia, sábado
(Foto: Camila Cara/Divulgação) Lollapalooza 2017, sábado

leia mais

Toda vez que venho ao Brasil tenho milhares de ideias para o futuro. Estamos na sexta edição do Lollapalooza no Brasil, e sei lá, não vejo a hora de celebrar a décima“, diz Perry Farrell, músico e criador do festival em exclusiva ao Virgula, durante o evento que está rolando neste fim de semana no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. “Já me sinto em casa em São Paulo e a cada ano não vejo a hora de voltar para cá“, diz.
Farrell, que iniciou o Lollapalooza na década de noventa, hoje leva seu ‘filho’ para muitas outras cidades além da América do Norte, como Berlim, Paris, Buenos Aires e Santiago. Mas, segundo ele, a edição de São Paulo tem uns temperos à mais: “A produção brasileira insere um carinho no festival. Você pode olhar ao redor e ver lindos posteres. Os artistas e designers de São Paulo são incríveis. Não temos essa arte toda em nenhum outro lugar, nem em Chicago”. Outro fator que torna a nossa edição mais atrativa que as outras é a vista do Autódromo. “Quando você entra e olha lá de cima, vê o público, as mãos para o alto, as bandas tocando, logo pensa: ‘Oh meu Deus, o que é isso? O que está acontecendo?’. É muito lindo! É a melhor vista de todas as edições.”, revela.
IMG-20170325-WA0020
(Foto: Alexandre de Melo) Itaici Brunetti, do Virgula, e Perry Farrell
Este ano, muito se falou que a ‘crise econômica’ no Brasil fez às vendas de ingressos estacionarem por um tempo, e Farrell comenta: “Vocês têm uma crise econômica aqui? Bem, nós também temos nos EUA. Você já deve ter ouvido falar que algumas cidades norte-americanas não têm água. É uma coisa muito ruim que está acontecendo, e eu entendo”, e continua: “Sabe, eu não ganho muito dinheiro fazendo isso. Se conseguirmos pagar todos os custos e trazer amor às pessoas é o que me faz feliz“.
Sobre o preço do ingresso, que todo ano gera polêmica por seu valor alto, segundo reclamação do público, o criador do Lolla explica: “Tentamos colocar o preço o mais acessível para as pessoas, levando em conta o tanto de artistas que se apresentam. Nesta edição temos mais de 40 artistas tocando, sendo que a maioria são internacionais, o que nos custa muito trazê-losPor exemplo: quanto custa o ingresso de um show da Madonna, ou do Roger Waters? É mais do que o ingresso do Lollapalooza, ou o mesmo valor em alguns casos. E esses shows duram duas horas no máximo. Aqui você curte dois dias inteiros de música, com grandes nomes e emergentes da música”. 
Falando em nomes do line-up, outro debate que costuma acontecer entre o público é a inserção de música eletrônica no festival, que vem acontecendo há anos. “Pessoalmente, eu amo músicos, amo DJs, e amo produtores de música. Desde o início dos anos noventa eu insiro bandas que possuem elementos da eletrônica no Lollapalooza. Eu sei o quão boa a música eletrônica pode ser e amo trazê-la pra cá. Porém, nós nunca vamos ser um festival eletrônico pois entendo a importância dos humanos, das vozes, e dos dedos tocando um instrumento“, fala Farrell, e complementa: “Mas os jovens querem música eletrônica, cada vez mais. O meu filho me mostra alguns grupos eletrônicos e DJs para o line-up, como o Marshmello, que é incrível e está tocando no festival. O Lolla é para todos os gostos. É liberdade“.
Para finalizar o papo, qual será o show que o ‘dono da parada’ mais quer ver? “Bem, eu estava com saudade do Cage The Elephant ao vivo, eles são um dos meus favoritos. Eu também ouvi a Céu e virei fãAliás, como se pronuncia o nome dela em português? ‘Sau’? ou ‘Seu’? Me lembro que significa ‘sky’ (céu em inglês)“, brinca ele tentando falar o nome da cantora brasileira. “É uma grande artista que vocês têm aqui“. Ah, também quero ver o The Weeknd“.

9 de março de 2017

Cage The Elephant volta ao Lollapalooza: ‘Temos uma conexão com o público brasileiro’

Itaici Brunetti
Atualizado em 2/03/2017

leia mais

Uma música que não poderá faltar no nosso show no Lollapalooza é ‘Come A Little Closed’, porque ela foi inspirada por uma de nossas passagens pelo Brasil“, revela o guitarrista Brad Shultz, do Cage The Elephant. O grupo norte-americano vem tocar pela terceira vez no mega festival brasuca, que rola dias 25 e 26 de março no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e contou melhor ao Virgula sobre essa paixão que têm pelo nosso país.
A energia do público brasileiro é muito parecida com a que temos no palco. Acho que é por isso que os brasileiros gostam tanto da gente, e vice-versa. Rola uma conexão com o Brasil, sabe?“, diz o guitarrista, e continua: “Desde a primeira vez que tocamos aí, tivemos esse sentimento. Ambos nos entregamos no que fazemos, seja nós em cima do palco ou o público nos assistindo. Temos a mesma paixão“.
Sendo a terceira vez em que o Cage se apresenta no Lollapalooza Brasil (a banda tocou nas edições de 2012 e 2014), uma das expectativas é de como vão fazer para não repetir as mesmas apresentações anteriores? “Bem, hoje não somos as mesmas pessoas de 4 ou 5 anos atrás, então nossos shows sempre soam como se fossem novas apresentações. Mas continuamos a tocar intensamente, e sempre que tocamos no Brasil acaba acontecendo uma explosão no palco, como uma entrega muito grande de energia. O público brasileiro nos inspira“, explica Brad.
O músico também adianta que dessa vez pretende curtir um pouco mais o nosso país e principalmente a cultura: “Sempre que vamos ao Brasil a nossa estadia é supersônica. Espero que dessa vez possamos curtir umas festas e conversar com mais pessoas. Também quero conhecer mais sobre o rock psicodélico feito no Brasil nos anos sessenta e setenta. Eu andei ouvindo e é muito inspirador, o som da guitarra é algo que eu nunca tinha escutado antes“.
Sobre o Lollapalooza, que é um evento que une várias tribos e tem dado cada vez mais espaço para DJs, Brad diz que é um andamento natural das coisas: “Hoje em dia os festivais são interessantes porque procuram celebrar todo o tipo de música e estilo. Todo público é contemplado. Ter DJs e rappers junto de bandas de rock é uma coisa que está acontecendo naturalmente há um tempo. Eu me sinto bem, porque as bandas de guitarras ainda estão lá e têm o seu espaço garantido. Particularmente eu apenas vou, subo no palco e faço o que amo, e as pessoas que gostam de nós vão nos ver”.
unnamed (3)



Exclusivo: New Order escolhe os hits preferidos dos anos 80

Itaici Brunetti
Atualizado em 2/12/2016

neworder2
(Foto: Gabriel Quintão) New Order em São Paulo

leia mais

Se você for falar sobre música dos anos 80, óbvio que vai lembrar na hora dos britânicos New Orderos pais do pop eletrônico. E, ninguém melhor do que a própria banda para comentar sobre essa década musical tão maravilhosa e dançante que não volta mais (ou volta?).
Nesta quinta, 1, antes de se apresentarem no Espaço das Américas, em São Paulo, o guitarrista Phil Cunningham e o baixista Tom Chapman elegeram seus hits preferidos da década de oitenta e que marcaram a vida de muitas pessoas, inclusive as nossas. Na seleção (que não foi fácil fazer, segundo os próprios) tem The CureThe SmithsDuran Duran e como não poderia faltar; New Order, entre algumas outras. Alguém aí vai discordar deles?
Dê o play e entre nessa máquina do tempo musical:


“Tocar no Lollapalooza é continuar nosso romance com o Brasil”, diz Vintage Trouble

Itaici Brunetti
Atualizado em 9/03/2016

VintageTrouble2_photocredit_LeeCherry-1
Divulgação

leia mais

Lollapalooza Brasil, que rola dias 12 e 13 no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, não será dominado apenas por música indie, pop e eletrônica. Sabe aquele blues e soul roots da década de cinquenta e sessenta? Ele também estará presente no festival, mas com uma roupagem atual. Ao lado do Alabama Shakes, os californianos do Vintage Trouble prometem fazer o público dançar e reviver aquela época de ouro, em que estar num bar retrô de estrada na beira do rio Mississippi era a coisa que mais importava no mundo.
Não é a primeira vez do grupo em terras brasileiras. Eles se apresentaram no Rock In Rio em 2015 e pelo que o baixista Rick Barrio Dill contou ao Virgula em entrevista exclusiva, a onda tupiniquim bateu forte: “Foi uma das melhores experiências que tivemos e pensei na hora que o show acabou ‘Uau! Temos que voltar logo’. Então, estar no Brasil para tocar em um grande festival como o Lollapalooza é uma grande honra pra nós. Estamos muito ansiosos”.
Durante a conversa, foi impossível conter a empolgação de Rick: “Nos apaixonamos pela cultura brasileira e pela paixão das pessoas. Nos sentimos realmente importantes como músico, pois o público foi muito receptivo. Os fãs dançavam e cantavam. Esse show no Lolla será a continuação de um romance que começamos com o público brasileiro”.
Com apenas três discos na carreira, o grupo virá apresentar músicas do recente e elogiado 1 Hopeful Rd, lançado em 2015. “Vamos colocar fogo no palco. Queremos que todos saiam dos seus sofás, de suas casas, e venham ao show do Vintage Trouble para dançar, beber, se emocionar e ter esse momento com a gente.”, diz o baixista, e continua: “No festival eu também gostaria de conhecer algumas bandas locais, ver como o público brasileiro reage à elas. Talvez eu pergunte para as pessoas quais shows de bandas brasileiras deveríamos assistir”.
vintage_trouble
Além da apresentação no Lolla, o Vintage Trouble também tocará com o Eagles of Death Metal no Lolla Parties, dia 15, no Cine Joia, em São Paulo. “Será a nossa primeira vez com o EODM. Eu conheço alguns integrantes da banda, como o guitarrista, por exemplo. Será mais uma festa, já que vamos tocar com eles no mesmo festival e depois em show solo. As pessoas vão ter um momento de diversão dupla”, diz ele empolgado.
Antes de encerrarmos o bate-papo, Rick não desliga o telefone antes de mandar elogios ao Brasil: “Não vejo a hora de entrar novamente no espirito brasileiro. Você sabe; comer uma boa comida, beber caipirinha, dançar e curtir a música brasileira local, como um samba e vários ritmos feitos com batuque. Adoro isso! Também pretendo andar na rua no meu tempo livre e conversar com as pessoas. Eu estou pronto para a festa, e vocês?”.
Os ingressos para o Lollapalooza estão à venda pelo site do festival, e para os Lolla Parties através do site da Tickets For Fun.