1 de agosto de 2017

‘Será uma noite especial’, diz Ian Astbury, do The Cult, sobre tocar com The Who em São Paulo

Itaici Brunetti
Atualizado em 1/08/2017

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(Foto: divulgação/Tim Cadiente)

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A voz que atende o telefone é inconfundível: a mesma grave e potente que canta hinos do rock oitentista como She Sells SanctuaryRevolution, Edie e Fire Woman, do The Cult. De fala mansa, como se estivesse relaxado em sua poltrona preferida, o vocalista Ian Astbury conversou com o Virgula e contou como estão os preparativos para a turnê sul-americana da banda, que acontece em setembro: “Tenho saudade de muitas coisas do Brasil, principalmente das pessoas, que são apaixonadas por música. Eu amo o público brasileiro e sinto que temos uma conexão de verdade“. O grupo se apresenta dia 17 no Opinião, em Porto Alegre, 19 no Live Curitiba, em Curitiba, 21 no Allianz Parque, em São Paulo, e termina o giro nacional dia 23 no Net Live Brasília, em Brasília.
Na capital paulista, o The Cult fará parte do mega evento São Paulo Trip, e na mesma noite se juntará a Alter Bridge e The Who, grupos que tocam pela primeira vez no Brasil. “The Who é uma das bandas mais icônicas do rock n’ roll. Eu sou fã e será uma honra tocar com eles“, diz Astbury com o tom de voz mais elevado, e continua: “Pete Townshend é um dos mais brilhantes guitarristas que existe. Ele tem uma luz própria e uma agressividade única na música. Ele ensinou muito a nós. O rock britânico não seria o que foi sem ele“, e emenda: “Estou realmente empolgado para tocar neste festival. Será uma noite especial“.
O The Cult vem ao país para divulgar Hidden City, o décimo álbum de estúdio, lançado em 2016, e o cantor comenta sobre o trabalho: “Nós tentamos fazer um disco que soasse como os do passado, mas com uma textura diferente, um som mais atual, usando teclados e fazendo ambientações“. Sobre o método de composição, conta que foi basicamente da mesma maneira que sempre trabalharam:. “Billy Duffy (guitarrista) chega com algumas ideias no estúdio, depois eu implanto as minhas ideias. É isso! Posso dizer que é um disco atual do The Cult, mas remetendo àquele The Cult clássico“.
Aos 55 anos de idade, Astbury, ao contrário de muitos outros vocalistas, não se sente inseguro com a voz por causa da idade. Segundo ele, se garante no palco! “Pra mim, cantar não é um problema. Sinto que a minha voz está mais forte do que nunca e estou cantando melhor do que em várias épocas da banda“, afirma. “Óbvio que tenho que tomar mais cuidado hoje em dia. Mas, sou um instrumentista e a voz é igual a um instrumento, a uma guitarra, por exemplo. O guitarrista precisa estar sempre treinando para se manter em forma. Com a voz é a mesma coisa, o vocalista precisa sempre estar em atividade. E, uma coisa depende da outra: se a minha voz não está boa nos shows, então a guitarra também não estará, e vice-versa. Por isso, eu, Duffy, e os outros músicos estamos sempre nos preocupando em nos manter em forma“.
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(Foto: reprodução/Facebook)
Sobre a passagem pelo Brasil, Astbury resmunga que não conseguirá aproveitar o país fazendo turismo como gostaria: “Eu não vou ter tempo livre dessa vez (risos). Se não estarei no palco, estarei viajando ou tentando dormir no hotel para poder descansar e fazer um bom show. O nosso objetivo é realizar grandes shows e se os fizermos ele será alcançadoClaro que, vou aproveitar para comer a comida deliciosa, mas para passeio acho que não vou conseguir. É triste, porque o Brasil é um país lindo“.
Antes de encerrar o papo, Astbury pede para enviar uma breve e direta mensagem aos fãs brasileiros: “Continuem rock n’ roll!“.
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