27 de junho de 2016


Amigos de brasileiros, Helio Sequence toca em SP e diz: ‘Será experiência espiritual”

Itaici Brunetti
Atualizado em 11/05/2016

The Helio Sequence
(Foto: William Anthony) Helio Sequence

leia mais

Se você fechar os olhos durante o show do The Helio Sequence, nem vai perceber que o palco é ocupado por dois músicos apenas, pois a  sensação é de mais integrantes na banda. Assim é definida a apresentação do duo de Portland, que toca nesta quinta, 12, no Sesc Pompeia, em São Paulo. “Fazemos mais com menos, criando um monte de som com apenas duas pessoas. Nós sempre utilizamos sequenciadores e guitarra com várias camadas para criar algo maior do que o som “duo” ao vivo. O que fazemos nos completa de tal forma que não sentimos a necessidade de adicionar outros músicos”, conta o guitarrista e vocalista Brandon Summers em papo com o Virgula.
Com seis discos lançados (sendo os quatro últimos pela gravadora ícone do indie americano Sub Pop), o The Helio Sequence pisa pela primeira vez no Brasil e se mostra empolgado: “Nosso show será alto, melódico, emocionante, honesto e catártico. Será uma experiência espiritual transcendental, dependendo do quanto você tomar antes do show. Esperamos encontrar o inesperado e alguns ‘parças’ amantes de música”, diz Brandon.
Mas, a ligação da banda com o Brasil já existe, e dois desses parças são Eduardo Praça e Thiago Klein, da banda paulistanaQuarto Negro, que também toca nesta quinta. “O Quarto Negro nos procurou pelo Facebook. No início eu duvidei da possibilidade de trabalharmos juntos porque o Brasil parecia logisticamente muito longe. Mas eles são muito dedicados e profissionais, e vieram até Portland para nos encontrar e conhecer o nosso estúdio. Nós amamos as suas demos e imediatamente começamos a gravar juntos”, conta Brandon, e continua: “Trabalhar com eles foi ótimo, pois são um duo, então houve uma compreensão do processo criativo entre duas pessoas. A dinâmica do Quarto Negro e Helio Sequence trabalhando juntos foi um ‘double duo'”.
Quarto Negro
(Foto: Divulgação) Quarto Negro
Ainda sobre os amigos brasucas, o guitarrista guarda ótimas recordações e conta que se sentiu inspirado: “Eduardo e Thiago são muito abertos em seu processo criativo. Estão sempre prontos para novas ideias e para receber conselhos sobre composição e desempenho, especialmente por aceitarem a trabalhar com outros músicos. Eles trouxeram muitos instrumentistas de Portland para trabalhar no álbum Amor Violento. O Quarto Negro se tornou um tipo de elemento que uniu a cena musical da cidade, porque eles vieram de fora e saíram com todas a bandas. Até o final da gravação praticamente qualquer banda em Portland se relacionou com eles e ‘sabiam quem eram os brasileiros, e os adoraram’. Ah, eles também nos inspiraram com sua bravura criativa”.
E quem diria que Brandon é amante de jazz tupiniquim e bossa nova das antigas? “A maioria do meu conhecimento sobre música brasileira está centrada em torno de jazz dos anos 50, 60 e 70. Eu gosto de coisas velhas de Laurindo Almeida, João Gilberto, Antonio Carlos Jobim, Bola Sete, Nana Vasconcelos e outros. Ocean, do Bola Sete, é uma das minhas favoritas. Eu também gosto muito dos Mutantes e Caetano Veloso. Boogarins são ótimos, e Quarto Negro também. Eu não diria que tenho um amplo conhecimento de música brasileira, mas pelo que conheço amo o ritmo e a língua portuguesa.”
O Helio Sequence também é formado por Benjamin Weikel (bateria e programações). Já o Quarto Negro conta com um integrante a mais no palco, Gabriel Soares, na bateria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário