3 de junho de 2016

Krisiun e Korzus falam sobre shows no 1° Metal Manifest e da relação com os irmãos Cavalera

Itaici Brunetti
Atualizado em 3/06/2016

Nesta sexta-feira (12), o palco do HSBC Brasil, em São Paulo, vai tremer! Lá será realizado a primeira edição do festival Metal Manifest, e contará com algumas das bandas mais peso-pesado do heavy metal nacional: KrisiunKorzus e Cavalera Conspiracy, dos irmãos Max e Iggor Cavalera, que estão em uma extensa turnê pelo país. 
O Virgula Música conversou com Moyses Kolesne, guitarrista do Krisiun, um dos maiores representantes mundiais do death metal nacional, e Marcelo Pompeu e Dick Siebert, respectivamente vocalista e baixista de um dos principais nomes do nosso trash metal, o Korzus. Ambas as bandas falaram de lançametos futuros, de como serão os shows no Metal Manifest, e lembraram de quando conheceram os irmãos Cavalera. Leia abaixo;
Virgula Música: Quando os fãs terão material novo de vocês?
Moyses: Estamos em fase de composição. Creio que no primeiro semestre de 2015 vai estar saindo o novo álbum.
Pompeu: Dia 24 de outubro sai o novo disco na Europa. O nome do álbum é Legion.
Como serão os shows no Metal Manifest? Haverá músicas novas?
Moyses: Vamos estar com um repertório diferente dos últimos shows que fizemos em São Paulo. Quem sabe também um cover surpresa. De músicas novas, acho que não. Mas vamos ver …
Pompeu: Acho que não terá músicas novas. Iremos fazer um show de 30 minutos apenas. É pouco tempo para inovações, talvez se tivéssemos mais tempo. Mas, será insano e intenso. 
Dick: O show será matador para headbanger nenhum botar defeito. Será uma noite irada. De músicas novas, não. Teremos pouco tempo de apresentação, e aí fica difícil até em tocar uma de cada CD.
          
Para o Krisiun: O que tem valido mais a pena, tocar no Brasil ou no exterior?
Moyses: Acho que os dois tem sido muito importante, são mercados diferentes e temos que abranger todos os lugares onde existam pessoas interessadas na nossa música.
Para o Korzus: vocês começaram na década de 1980. Hoje em dia é mais fácil ou mais difícil manter uma banda do que naquela época?
Pompeu: Mais fácil, com certeza! Existe a globalização hoje, tem mais fans e mais estrutura que nos anos oitenta.
Dick: Cada época tem suas dificuldades e facilidades. Mas fazer o que você gosta sempre é fácil mesmo quando surgem pedras no caminho. Mas para quem está na estrada, ou você desvia do problema ou passa por cima.
Qual é a importância de tocar no mesmo palco que o Cavalera Conspiracy? 
Moyses: A importância é ter a oportunidade de tocar com os dois irmãos que fundaram o Sepultura, banda responsável pela grande expansão do metal brasileiro em um nível jamais visto. Hoje em dia o Krisiun trilha um caminho parecido tocando em várias partes do mundo, em grandes festivais e turnês extensas levando o legado do metal brasileiro a todos os lugares possíveis também
Pompeu: O mais importante para nós é estar junto dos headbangers. Depois é poder contribuir com o festival, ja que é uma marca importante para o Manifesto Bar, local onde ja tive momentos inesquecíveis, e poder também fazer um trabalho junto aToplink, que era um sonho antigo. E com tudo isso envolvido, ainda dividir o palco com os irmãos Cavalera sera ótimo!
Dick: É uma grande satisfação tocar com os irmãos Cavalera, que conheço desde os anos oitenta, e que foram os desbravadores da música pesada brasileira. O Max sem dúvida é a figura mais importante, e representa os headbangers de todo underground. E com os amigos do Krisium que também são referência em todo mundo. Tenho o maior carinho por essa rapaziada.
Para finalizar, nos conte qual foi o primeiro contato que vocês tiveram com os irmãos Cavalera.
Moyses: A primeira vez foi com o Max Cavalera no festival polonês Metal Mania, ele vei até nosso camarim para nos conhecer e ficamos lisonjeados com a atitude dele. Sempre fomos fans e sempre fomos nos shows do Sepultura desde os primeiros álbuns. Nunca imaginávamos que um dia estaríamos tocando junto com eles. O Max e o Iggor estão sempre nos incentivando e admirando nosso trabalho. É um sonho que virou realidade.
Pompeu: Foi por volta de 1985/86, em um ensaio do Korzus. Eles tinham um parente que morava perto do nosso QG e foram conferir o nosso som. Eles estavam começando a banda, se não me engano, e foi bem legal, eram molequinhos e jamais tinham a noção do que seriam e representariam para o metal. Muito louco isso!
Dick: Foi quando o Max e o Iggor foram no nosso ensaio em um domingo, onde nem apareci pois estava numa ressaca monstro. Passando uns meses o Max ligou para o Silvio pedindo uma dica de ligação de pedais, pois estavam gravando o Morbid Visions no mesmo estúdio onde gravamos o SP metal II. Fomos até lá para dar aquele apoio e foi quando eu conheci a rapaziada. Boas lembranças.

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