19 de agosto de 2011

Sentimental demais

Revista Monet 101 - Agosto 2011

por Itaici Brunetti Perez

foto Daryan Dornelles




Ainda à procura da fórmula do amor, Léo Jaime estreia em novo programa que trata sobre relacionamentos e mostra que desse assunto ele entende bem

ATIRE a primeira pedra quem nunca teve uma discussão de relacionamento. Pensando nisso, Léo Jaime se reuniu a Patrícia Koslinski no comando de Detox do Amor. Confinado em um spa no interior de São Paulo, o casal faz de tudo para alinhar a relação de cinco casais da vida real. Na correria entre as gravações de Amor & Sexo, Saia Justa e Detox, Léo bateu um papo com a MONET e aproveitou para dar umas dicas... sobre amor, é claro!

Qual a intenção do programa?
Na verdade, o programa é uma grande D.R. (discussão de relacionamento). É uma desintoxicação de relacionamentos, na qual os casais têm a oportunidade de discutir a relação durante o processo de relaxamento físico do corpo e da mente, enquanto são observados por nós. Também são instigados por uns joguinhos que a gente propõe para eles poderem demonstrar na prática como é que se relacionam, pois uma coisa é como se dizem no relacionamento, outra coisa é como eles se relacionam na ação. Vamos mostrar a intimidade desses casais e apontar como eles lidam com os conflitos, com a relação afetiva. Não é um programa de economia, de política, mas o assunto ali é da maior importância, pois interessa a todo mundo. Ele fala sobre a construção do relacionamento e a manutenção do amor.

Como aconteceu o convite para você participar do programa?
No começo, achavam que tinha que ser apresentado apenas por uma mulher. Mas acho que em função da minha participação no Saia Justa viram que eu poderia fazer parte.

Seu papel é unir ou confundir?
As duas coisas. Nós somos os intermediários entre o telespectador e os casais que estão ali. Ficamos organizando a brincadeira para que eles possam se desnudar diante das câmeras, não no sentido físico, mas no sentido de relacionamento. É como se fôssemos mediadores de um debate, mas não temos a pretensão de influenciar ninguém ali dentro e nem de bancar os terapeutas.

Ultimamente você tem participado de alguns programas que tratam sobre relacionamentos. Por que você acha que sempre te procuram? Você virou um perito no assunto? 
Sou um homem disposto a conversar sobre isso e conheço um pouco sobre mulher, já que trabalhei em revistas femininas e fui colunista de um caderno de educação escrevendo para os jovens, que tem a ver com o universo feminino. Basicamente, eu me disponho a falar abertamente sobre o assunto, e acabaram associando o meu nome ao de um interlocutor das mulheres. Elas sempre querem saber o que nós, homens, pensamos e também o que a gente pensa a respeito do que elas pensam. Todo homem que se dispõe a discutir sobre isso, sobre relacionamento, sobre o que eles sentem, acaba sendo interessante. No geral, parece que só as mulheres estão interessadas em falar e em ouvir, mas não é bem assim, tanto que estou aí.

Você se acha uma pessoa boa de conselhos amorosos?
Não pretendo ser um especialista no assunto, um “terapeuta”. Apenas discuto e converso sobre o que acontece na vida.

No programa, além de conquistar a boa forma, os casais precisam construir uma parceria para poder vencer. Qual é a sua dica para o casal conseguir essa relação sólida? No jogo e na vida. 
A gente não pode ter uma autocrítica e uma crítica muito forte em relação ao parceiro, porque não conseguimos tirar nota 10 em todas as provas da vida, mesmo que estejamos empenhadíssimos. Então, temos que saber conviver com o imprevisto e com o fato de que às vezes as coisas não saem melhores em um dia do que em outros. E tem que ter tolerância com isso, com sua expectativa com você mesmo e em relação ao outro. Sobretudo o bom humor, a leveza e uma certa dose de tolerância, mais do que paciência, são fundamentais para que a coisa funcione bem entre um casal.

E a carreira de cantor, como anda? 
A primeira iniciativa de um material inédito foi regravar “A Fórmula do Amor” com um andamento diferente para a abertura do programa. Tenho algumas canções novas. Talvez grave e as lance na internet. Mas o que me falta é tempo. De qualquer forma, será uma iniciativa independente, pois não tenho contrato com nenhuma gravadora.

Além de cantor, você é ator, apresentador, jornalista, cronista e twitteiro. O que mais falta você fazer?
Sou pobre, né! Tenho que me virar, por isso faço de tudo [risos]. Mas ainda gostaria de lançar um livro e de fazer a trilha sonora de algum espetáculo. Danço conforme a música. Na vida, fui mais atendendo às expectativas do que fazendo o barco andar conforme o trajeto marcado por mim.

Detox do amor dia 26, sexta, 22H30, GNT, 41

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